Introdução ao estudo da Literatura


Ensinar e aprender Literatura não é uma tarefa muito simples. No Ensino Médio, dizia uma amiga coordenadora, se um mesmo professor dá as frentes de Literatura, Gramática e Redação, o estudo da Gramática acaba dominando as aulas. Aprendi com o tempo a dividir minhas aulas de forma bastante equilibrada. Um dos aspectos que exploro bastante nas minhas aulas é a Literatura. Um exemplo do que uso nas minhas aulas são estes mapas mentais sobre Romantismo. Seja na interpretação de texto, seja nas aulas de análise de estruturas sintáticas, uso textos literários em praticamente todas as minhas aulas. Neste artigo vamos falar sobre a introdução ao estudo da Literatura.

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Literatura: conceitos fundamentais

A obra de arte escrita

•   Tudo o que falamos some no espaço.
•   São parecidos os elementos de uma classe. Leões, por exemplo, são parecidos. Mas não há leões iguais.
•   Uma classe pode conter subclasses.
•   Podem-se repetir as palavras, mas não como foram pronunciadas.
•   Quanto mais longa a frase, mais difícil repeti-la.
•  Uma parte da memória dos homens vem sendo assumida por instrumentos de gravação e registro.
•   Uma certa perda de memória se nota nos homens da vida moderna; uma prova disso é que estes não conseguem mais guardar provérbios.
•   Literatura é memória.

Função poética da linguagem

•   As palavras são símbolos, porque representam coisas, ideias.
•   Uma palavra ou símbolo tem referência quando aponta um objeto real.
•   Há palavras que não têm referência, porém sugestões (saci, fantasma, fada etc).
•   Quando uma palavra desperta nossa atenção mais para si do que para sua referência, dizemos que ela está provida de função poética.
•   A função poética de uma palavra tende a aumentar à medida que ela se repete ao longo do texto e se combina com outras expressões, igualmente poéticas.

Instrução para os exercícios de 1 a 7

Coloque um X nas afirmações que interpretam corretamente os elementos da obra de arte escrita.
1. (    ) A fala desaparece no espaço - mais por causa da desatenção do que por qualquer outro motivo.
2. (     ) Na natureza, nem todos os indivíduos são singulares: alguns vegetais, por exemplo, são exatamente iguais aos outros.
3. (     ) O que muda são as palavras, e não o modo de pronunciá-las.
4. (     ) Memória e tradição oral são fatores relacionados um com o outro.
5. (     ) As editoras trabalham basicamente com a informação tipografada.
6. (     ) A letra é um fator de preservação ou registro do discurso.
7. (     ) Com a agitação da vida moderna, os provérbios foram desaparecendo.

Instrução para os exercícios de 8 a 12

José Saramago - o primeiro escritor da língua portuguesa a receber o prémio Nobel de Literatura (1998) - insere ao longo do romance Memorial do convento (1983) uma série de provérbios, alguns dos quais vêm reproduzidos a seguir, nos exercícios de 8 a 12. Leia-os e interprete de forma concisa o significado de cada um:

8. "Pela casca não se conhece o fruto, se lhe não tivermos metido o dente."

9. "Se o pão fosse comido pelos que o semeiam, o mundo seria outro."

10. "O mundo de cada um é os olhos que tem."

11. "Um homem, se tem filhos, também se alimenta de ver a cara deles."

12. "Tudo no mundo está dando respostas, o que demora é o tempo das perguntas."

Gabarito dos exercícios de Literatura

Coloque um X nas afirmações que interpretam corretamente os elementos da obra de arte escrita.

1. (       ) A fala desaparece no espaço - mais por causa da desatenção do que por qualquer outro motivo.

2. (      ) Na natureza, nem todos os indivíduos são singulares: alguns vegetais, por exemplo, são exatamente iguais aos outros.

3. (      ) O que muda são as palavras, e não o modo de pronunciá-las.

4. (  X  ) Memória e tradição oral são fatores relacionados um com o outro.

5. (  X  ) As editoras trabalham basicamente com a informação tipografada.

6. (  X  ) A letra é um fator de preservação ou registro do discurso.

7. (  X  ) Com a agitação da vida moderna, os provérbios foram desaparecendo.

Instrução para os exercícios de 8 a 12

José Saramago - o primeiro escritor da língua portuguesa a receber o prémio Nobel de Literatura (1998) - insere ao longo do romance Memorial do convento (1983) uma série de provérbios, alguns dos quais vêm reproduzidos a seguir, nos exercícios de 8 a 12. Leia-os e interprete de forma concisa o significado de cada um:

8. "Pela casca não se conhece o fruto, se lhe não tivermos metido o dente."
Pela experiência direta é que se conhecem as coisas.

9. "Se o pão fosse comido pelos que o semeiam, o mundo seria outro."
Se quem fizesse alguma coisa fosse quem a consumisse, a história seria outra.

10. "O mundo de cada um é os olhos que tem."
A realidade de cada um é o que cada um enxerga.

11. "Um homem, se tem filhos, também se alimenta de ver a cara deles."
Nem só de pão vive o homem: vive também de afetos.

12. "Tudo no mundo está dando respostas, o que demora é o tempo das perguntas."
O mundo é claro, direto. O ser humano é que o complica.

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