Exercícios de Português – Missão Enem

No estudo da Língua Portuguesa, precisamos nos preparar para as mais diversas situações. A prova de Linguagens, por exemplo, exige do candidato conhecimento amplo dos recursos da Língua Portuguesa e a aplicação destes na redação. Por mais que o estudante ache que está bem preparado, somente aqueles que se colocaram à prova fazendo exercícios é que realmente chegarão no dia da prova com segurança. Por isso mesmo que sempre indico materiais complementares que possam ajudar o estudante a fazer melhor uma prova que vai decidir, pelo menos momentaneamente, o seu futuro. Um desses materiais que mostram um passo a passo para montar uma redação perfeita no Enem é o missão Enem, da Débora Ribs. Dê uma olhada neste artigo que escrevi explicando o que é e aplique-se a estudá-lo para que, assim, os Segredos do Enem não fiquem encobertos para você.

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Lista de exercícios para prova de Linguagens do Enem

Testes estranhos

A escritora Marta Medeiros caiu na tentação de preencher um questionário on-line...
Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet. O nome do teste era tentador: "O que Freud diria de você". Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o seguinte: "Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento". Perfeito! Foi exatamente o que aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da psicanálise, e ele acertou na mosca.
Estava com tempo sobrando, e curiosidade é algo que não me falta, então resolvi voltar ao teste e responder tudo diferente do que havia respondido antes. Marquei umas alternativas esdrúxulas, que nada tinham a ver com minha personalidade. E fui conferir o resultado, que dizia o seguinte: "Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento".

MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado, utilizado em Enem 2010).

1. Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os usuários, a autora expressa uma reação irónica no trecho:

(     ) A. "Marquei umas alternativas esdrúxulas, que nada tinham a ver".
(     ) B. "0s acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos".
(     ) C. "Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet".
(     ) D. "Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o seguinte".
(     ) E. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da psicanálise".

2. Oxímoro (ou paradoxo) é uma construção textual que agrupa significados que se excluem mutuamente. Para Garfield, a frase de saudação de Jon (tirinha a seguir) expressa o maior de todos
os oximoros.

garfield

Garfield, Jim Davis. Retirado de prova do Enem 2001.

Nas alternativas a seguir, estão transcritos versos retirados do poema "O operário em construção". Pode-se afirmar que ocorre um oxímoro em

(     ) A. "Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão."
(     ) B. "... a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era sua escravidão."
(     ) C. "Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava."
(     ) D. "... o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário."
(     ) E. "Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercera profissão."

Caso queira ver mais artigos sobre Língua Portuguesa, clique aqui.

Saiba tudo Sobre o Missão Enem

O Missão Enem é um conjunto de materiais que ajudarão qualquer estudante a ir muito bem na prova de redação do Enem. Ele é um Método passo a passo que apresenta todos os elementos que compõem um texto nota 1000 que será bem avaliado pelo corretores, apesar do pouco tempo que têm para corrigir.

O Missão Enem funciona?

Os resultados dos alunos que fizeram o Missão Enem mostram que o método funciona mesmo. Além dos depoimentos, vários estudantes deixam comentários nos vídeos sobre redação do Enem do Missão Enem no Youtube. Ali pode-se ver o quanto este método transforma a vida dos estudantes.

O Missão Enem é bom?

Por ser um método, você pode segui-lo que o resultado virá. Diferente dos outros tipos de materiais nos quais o fator sorte está sempre presente, no Segredos da redação perfeita você apenas precisa seguir o que é dito para que sua nota aumente. É a receitinha do bolo, posso dizer.

Como comprar o Missão Enem?

Para adquirir o curso, a melhor forma é acessar o site oficial por este link e, ali, assistir ao vídeo da Débora Ribs. Ela mostra o passo a passo e o porquê do Missão Enem ser tão especial para estudantes. Todo o processo é feito pelo site da Eduzz que gerencia a compra e a entrega do material diretamente em seu email.

Site oficial do Missão Enem.

Aprenda a fazer com este modelo de texto

Quando comecei a publicar aqui alguns modelos de redação do Enem que podem ser seguidos por vocês, não imaginei que seria tão gratificante receber os comentários pela página de contato. Neste caso, muitos são os alunos que chegaram, inclusive, a comprar o curso Missão Enem porque ele completa as informações que você publica com seu texto.

Exemplo de redação (abaixo da média)

Governar é construir estradas e conservá-las.

A precariedade das rodovias brasileiras é um grande problema para a população, pois dificulta o transporte de mercadorias e é uma situação de risco para os motoristas.
De acordo com dados, são necessários R$ 2 bilhões para recuperar as rodovias, mas infelizmente esse dinheiro não será utilizado para dar segurança aos viajantes.
Sabemos que urna porcentagem do preço por litro dos combustíveis deveria ser destinada à manutenção das estradas, porém, como outras verbas, é desviada.
Assim, a população tem que pagar os "famosos"pedágios para trafegar com segurança.
Medidas eficazes deveriam ser tomadas para preservar as vias de trânsito, como permitir apenas o tráfego de veículos de pequeno porte pelas rodovias.
Caminhões com grande quantidade de mercadorias deveriam utilizar os transportes ferroviários e hidroviários. Esses meios têm baixo custo de manutenção e iriam trazer benefícios, principalmente para o setor de agronegócio que tem 3% de sua safra perdida por causa das estradas mal conservadas.
lndúbitavelmente,o número de acidentes iriam diminuir.Apenasnasestradaspaulistas foram 35.141 ocorridos em quase seis meses do ano de 2005.
Será que o poder público não se preocupa com a segurança da população?
Portanto, o Ministério responsável pelos meios de transportes deveria destinara verba necessária para o recuperamento das rodovias e investir no desenvolvimento das ferrovias e hidrovias do país.

Análise da redação

Enem imagem oficial do Exame Nacional do Ensino Médio Faculdade Federal

ABORDAGEM SUPERFICIAL: embora não tenha fugido ao tema, esta redação, considerada abaixo da média pelos avaliadores, fez um aproveitamento frágil da coletânea, citando dados retirados dos textos sem conexão clara entre eles. Tampouco a sucessão de argumentos foi coerente e bem encadeada a ponto de defender claramente a tese escolhida pelo candidato.
O candidato utiliza expressões vagas ao apresentar as informações. É o que ocorre, por exemplo, no início do segundo parágrafo, no seguinte trecho: "De acordo com dados..." A argumentação ganharia força se a fonte dos dados fosse citada.
Em vários momentos, o encadeamento de ideias ou parágrafos deixa de seguir uma sequência lógica, pela ausência.de coerência ou de conectores adequados. Observe, por exemplo, estes dois trechos:

• "Será que o poder público não se preocupa com a segurança da população?"
• "Portanto, o Ministério responsável pelos meios de transportes deveria destinara verba necessária para o recuperamento das rodovias e investir no desenvolvimento das ferrovias e hidrovias do país."

Não se observa uma progressão lógica nessa sequência de afirmações. 0 problema é agravado pelo uso da conjunção "portanto" no início do segundo trecho, sugerindo que a segunda ideia é uma conclusão depreendida da primeira.

PROPOSTA MAL EXPLICADA: há um aparente erro na proposta de que as estradas deveriam ser reservadas aos carros de passeio, enquanto os "Caminhões com grande quantidade de mercadorias deveriam utilizar os transportes ferroviários e hidroviários". Se o candidato por acaso pensou em defender o transporte de caminhões por meio de balsas nas hidrovias, a frase não ofereceu nenhuma pista sobre essa possibilidade.

LUGAR-COMUM: esta frase, reservada a um único parágrafo, é uma generalização que pouco acrescenta à argumentação: "Será que o poder público não se preocupa com a segurança da população?".

NORMA CULTA: há um erro de concordância verbal no início do sétimo parágrafo. 0 correto seria escrever: "Indubitavelmente, o número de acidentes iria diminuir". Outras correções de grafia:

• indubitavelmente

• recuperação

Conceito e organização do texto dissertativo


Herança da devastação

"Ao desperdiçarmos recursos naturais, não estamos nos comportando irresponsavelmente em relação a nossos filhos?"

Quando fecho os olhos à noite, onde quer que esteja, minha mente volta com frequência ao passado, à época em que o recém-construído Calypso flutuava sob o céu do Mediterrâneo. O barco foi meu lar durante a infância, embora nunca tivesse nele um local só para mim. Eu dormia num beliche durante todas as noites, às vezes com minha mãe, às vezes com meu pai, e algumas vezes dentro da gaveta da cómoda. O Calypso foi minha identidade infantil.
Tive sorte: o barco de meu pai foi minha base, o começo de meu futuro. À medida que o Calypso percorria os mares do mundo, ele passou a abarcar a filosofia de que a vida em nosso planeta é frágil, e sua beleza, embora aclamada, é perecível.
Meu pai imbuiu em mim a convicção de que não somos donos dos recursos do mundo, apenas seus administradores. Somos responsáveis pela proteção daquilo que legaremos a nossos sucessores.
Hoje, tento viver por essa cartilha, mas em minhas viagens me dou conta de quão raramente os adultos pensam nas gerações futuras. No mundo inteiro, vemos que pais parecem pouco se importar com a condição do planeta que seus filhos herdarão.
Poluímos os rios e mananciais que serão a fonte de água potável de nossos filhos, interferimos na camada de ozônio, que protege nossos filhos contra os perigosos raios solares. Pusemos em andamento o que parece ser um perigoso aquecimento da Terra, ameaçando nossos filhos com a seca e a calamidade. As crianças por nascer não podem se pronunciar, mas nem, por isso somos menos responsáveis por gerações que não conheceremos.
Atentem" para o caso, agora clássico, de Wezip Alolum. que tem a ver simplesmente com a lama. Alolum, habitante da aldeia de Jobto, na província de Madang, era dono de terras com matas nas quais havia um poço de lama. Durante gerações, sua família ganhou a vida trocando bolas de lama e potes de lodo barrento por alimentos. O poço, sua herança, fora-lhe confiado intacto por seus ancestrais.
Um dia chegaram estrangeiros, que lhe pediram permissão para abater árvores nas terras de sua família. "Você não precisa mais de lama, agora que tem dinheiro", disseram. Alolum hesitou, mas finalmente concordou.
Contudo, ele não percebeu que a companhia pretendia abater ou queimar todas as árvores, não deixando nenhuma para o replantio. Nunca lhe passara pela cabeça que a companhia trataria a terra sem o menor respeito por seu futuro. Não demorou para que todas as árvores desaparecessem, e, com a resultante erosão, o poço de lama fosse afetado.
Seu barro ficou arruinado, seco demais para ser utilizado. Pouco depois, o dinheiro de Alolum acabou. Sem lama pela primeira vez na história de sua família, ele estava pobre.
Alolum procurou a companhia florestal, exigindo que o reembolssasse pela perda do poço, mas quem paga compensação por lama? No entanto, para Wezip Alolum, o poço de lama representava o capital herdado por seus antepassados.
Ele fora dono e administrador, mas agora não tinha nada para deixar para seus filhos, e o ciclo de sua família fora rompido. Alolum foi uma vítima da falta de visão ao trocar recursos por dinheiro.
Mas o que dizer de nós? Ao desperdiçarmos recursos naturais, não estamos nos comportando irresponsavelmente em relação a nossos filhos? Quando perceberem que lhes legamos um sem-número de perigos ambientais, um inventário de recursos completamente exaurido, o que pensarão de nós, a despeito da nossa tendência a lhes comprar o que há de melhor ao nosso alcance?
O Calypso foi mais que um presente de infância. Ele " continua sendo uma herança para mim, um lembrete de continuidade e o ideal de herança combinada com responsabilidade. Ele é um documento vivo, minha Constituição do amanhã.
Talvez, se modificarmos nossos modos, uma Constituição global proteja um dia o ar, a água, as florestas e a vida selvagem - nossa herança natural - para futuras gerações. Nossos filhos talvez a escrevam. Jean-Michel Cousteau.

Fonte: G1-cp2 2010.

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Em "A devastação, uma herança para as futuras gerações", o termo sublinhado exerce a função sintática de aposto explicativo. Dos trechos destacados no texto, qual deles tem essa mesma função sintática?

Modelo de redação sobre cooperação

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Cooperação gerando satisfação

A canção "Trem das Onze" de Adoniran Barbosa narra de maneira primorosa como o trem era presente na vida do povo em épocas passadas. Hoje, ao contrário do que escreve a música, tal meio de transporte apresenta-se, para muitos, somente em parques de diversão (trem-fantasma) ou brinquedos de criança. 0 transporte ferroviário tornou-se obsoleto, algo que não poderia ter ocorrido num país como o Brasil, onde tal sistema apresenta vantagens que o colocam como prioritário para suprir as atuais necessidades nacionais.
O Brasil destaca-se no cenário internacional como grande exportador de minérios, soja, café, laranja, carne e muitos outros primários. Por sua dimensão continental, possui pólos produtores tanto no litoral como no interior afastado do oceano. Nenhum meio de transporte supriria as necessidades do agronegócio de exportação como o ferroviário, pois é de baixo custo, transporta grandes quantidades, tem manutenção mais barata que a do rodoviário e não depende de fatores climáticos como o fluvial. O desperdício também é muito menor, aumentando os ganhos. Mas não é somente às indústrias e produtores agropecuários que tal meio é vantajoso.
A população urbana sofre com a dificuldade de locomoção, principalmente em metrópoles como São Paulo, onde perdem-se horas em congestionamentos e centenas de reais em conserto de carros danificados pelas péssimas condições das ruas. O automóvel é péssimo para suprir a necessidade coletiva, enquanto o trem (seja de superfície ou metro) é mais que vantajoso, pois é rápido, barato, pouco poluidor e transporta muitas pessoas. Neste caso, o papel do Estado é fundamental, pois em regiões já ocupadas são necessárias grandes obras e desapropriações. Sendo a capacidade dos diversos setores públicos limitada, a melhor solução seria a aliança entre o público e o privado através das PPPs (parcerias público-privadas). Os riscos de má gerência ou corrupção são menores em tais parcerias.
A ação do governo brasileiro (e dos estaduais e municipais também) no setor público nunca foi louvável, salvo certas exceções. Desde a realização de projetos faraónicos como a Transamazônica à má conservação das estradas federais, a ação é pouca ou mal feita. A opção pelo transporte rodoviário-também não foi boa, pois grande parcela da população (principalmente as mais pobres de cidades médias e pequenas) não recebe muitos benefícios da construção de estradas. A união da força do alcance do Estado com a boa estratégia da iniciativa privada poderia integrar os diversos setores e regiões do país com a escolha de trens como transporte majoritário. Concessão é um método eficaz de participação governamental.
Outra maneira eficaz do governo participar da reestruturação do sistema viário é criando e aperfeiçoando as atuais agências reguladoras. Afinal, se um governo atuando sozinho pode ser corrupto, uma empresa pode ser abusiva. A fiscalização por meio da opinião dos usuários é sem dúvida a melhor maneira de se aperfeiçoar qualquer sistema. Com os papéis de cada parte definidos, haveria poucos entraves para a realização de qualquer projeto.
Um migrante viajando à distante terra natal para visitara família; um empresário exultante ao constatar o corte dos custos no transporte de cargas; um trabalhador, seja da construção ou da informática, passando mais tempo com a família por não levar mais 3 horas para ir e voltar do trabalho. São cenas diversas, masque poderiam todas serem concretizadas por maior implantação do sistema ferroviário. Por diversas divergências, nem o setor público nem o privado efetivamente implantaram tal sistema no país inteiro, motivo do atua! sucateamento de grande parte dos trens. Uma cooperação maior entre tais partes, pensando também sempre no povo é, sem questionamentos, o melhor caminho para se resolver a questão dos transportes no país. Talvez então fosse possível que o personagem de Adoniran não ficasse preocupado, pois a qualquer horário da noite haveria trens indo para toda a parte da cidade, inclusive para sua própria casa.

Análise da redação no vestibular

DESVIANDO DE ARMADILHAS: a dissertação, considerada acima da média pelos avaliadores, é um exemplo de como evitar os riscos descritos neste capítulo com o bom uso dos recursos apresentados nos capítulos anteriores. Apenas uma expressão poderia ser apontada como lugar-comum, por encerrar alguma tendência demagógica: "pensando também sempre no povo". Há também um caso de redundância de vocabulário na expressão "por diversas divergências", que poderia ter sido contornada com uma construção como "por uma série de divergências". Isso, no entanto, não compromete essa redação rica em argumentos e muito bem estruturada. Confira:

• O bom aproveitamento da coletânea, citando os vários problemas do transporte no país (como a falta de ferrovias para escoara produção) e papéis já exercidos pelo Estado, evitou que o candidato fugisse do tema.

• A riqueza de argumentos (um país exportador precisa de ferrovias, os grandes centros urbanos precisam de uma alternativa ao caos do trânsito, para citar apenas alguns) evitou o uso de clichés.

• O candidato permitiu que ele apresentasse seus argumentos de forma clara e sem rebuscamentos. Com frequência, frases muito extensas ou confusas demonstram falta de conhecimento do assunto tratado.

• A proposta de diálogo e cooperação (parceria entre os setores público e privado) como solução para os problemas apresentados foi uma decisão sábia que conferiu sobriedade ao texto, evitando radicalismos e panfletagem.

Redação anulada – O que fazer?

Veja neste artigo um modelo de redação bastante complicado. No exemplo de redação (anulada) você verá uma série de erros que podem comprometer significativamente sua nota já que a redação é responsável por boa parte da sua média no vestibular e , no Enem, ela é o diferencial na nota final do aluno.

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(sem título)

Meios de transporte são essenciais para nossa atual sociedade brasileira. Recurso indispensável para o proletariado dar continuidade a sua vida.
Os ônibos são os principais meios de locomoção da classe média por isso merecem mais
atenção. O estado deveria interver nos meios de locomoção (no caso os ônibus) tomando posse e organizando de modo que haja um salário mais justo e um novo valor nas taxas tantos de estudantes que por sua condição devem usufluir de taxas mais baixas como aqueles que possuem uma condição financeira menor. Nossa atual rede de ônibus é privada o que torna o preço das passagens altos pois devem satisfazer o lucro de seus empreendedores, por isso o preço das passagens está aumentando desenfreadamente.
O lucro dessas redes privadas é extremamente alto e mesmo que passes para estudantes se tornassem gratuitos ainda esses empreendedores teriam lucro.
O fato é que a classe de menor condição financeira a que está isolada nos morros, junto
a classe mais baixa é quem arca ou seja paga as passagens da classe um pouco mais favorecida a média. Por isso seria justo se a rede privada de ônibus deixasse de pertencer a empresários e passasse ser totalmente do estado, afim que esse fizesse a classe que realmente necessita desse meio pudesse usufluir desse sem tantos custos. Uma vez que classe alta não necessita de tais meios.
Sea população da classe média quisercontinuara usufluir dos ônibus é bom lutar para que essa rede de transporte se torne totalmente do estado, antes que os empresários queiram continuar recheando seus bolsos e as pessoas tenham que trabalhar só para pagar seu transporte.
Numa sociedade as pessoas precisam em primeiro lugar ter alimento (subsistência), saúde, cultura e lazer. É inadmissível trabalhar apenas para pagar o transporte que segundo lei é direito de todos o transporte público. Como vemos não é o que anda acontecendo, enquanto não fizermos nada para tornar a rede de transporte privado em pública continuaremos nos subímetendo a aumento de taxas absurdos e começaremos a trabalhar apenas para pagar o transporte...

Análise da redação

FUGA DO TEMA: esta redação foi anulada, segundo os avaliadores da Unicamp, por fugir totalmente ao recorte temático e também por não indicar nenhum uso da coletânea de textos oferecida.
A proposta pedia ao vestibulando gue observasse os problemas no setor, em grande parte abordados na coletânea, apontasse meios de transporte adequados à atual realidade e discutisse tanto sua viabilidade quanto o possível papel do Estado no processo. 0 que o candidato fez - aliás, com uma argumentação incoerente e um texto com muitas incorreções gramaticais - foi apenas defender isoladamente a estatização do sistema de transporte de ônibus. Tratou-se de uma abordagem redutora do tema.

ARGUMENTAÇÃO FRÁGIL: o autor optou por defender o ponto de vista de que o setor privado, por almejar somente o lucro, cobra preços abusivos pelas passagens de ônibus, dificultando o acesso das classes menos favorecidas. Vários equívocos, incluindo vícios de linguagem, foram cometidos ao longo do texto.

Radicalização – O candidato fez uma afirmação radical, sem apoiá-la em argumentação sólida: "a classe mais baixa é quem arca ou seja paga as passagens da classe um pouco mais favorecida a média". No trecho, não se explica porque a classe baixa pagaria pelas passagens da classe mais favorecida.

Lugar-comum – O texto é iniciado por um lugar-comum: "Meios de transporte são essenciais para nossa atual sociedade brasileira". 0 candidato demonstra desconhecimento ou insegurança em relação ao tema ao fazer uma afirmação óbvia (afinal, os meios de transporte são essenciais para qualquer sociedade contemporânea).

Clichê - "Recheando seus bolsos" é uma frase batida que empobrece a argumentação - além de beirar a radicalização, por demonstrar evidente hostilidade contra pessoas que lucram com uma atividade económica.

Modelo de redação sobre combustíveis

Neste artigo você verá uma redação que não está tão boa segundo o que a banca esperava. É uma redação de vestibular e você pode usar o texto para aprender quais os erros que podem e devem ser evitados n hora de fazer o Enem ou mesmo um desses vestibulares. Caso queira saber mais, veja no site nossas indicações de leituras.

Exemplo de redação (abaixo da média)

Biodiesel, uma solução para os problemas enfrentados pelo Brasil

Como temos acompanhado nos últimos tempos, muito se diz à respeito de fontes de energia alternativa.
Órgãos públicos e privados se manifestam em parcerias que prevêem o fornecimento de oleaginosas produzidas em assentamentos rurais paulistas para a fabricação de biodiesel. Parceria esta que proporcionará aos assentados uma nova fonte de renda, e ainda facilitará o cumprimento da exigência do programa nacional de biodiesel.
O carnaval baiano já aderiu ao novo combustível, utilizando-o para o abastecimento dos bio trios, trio elétrico de última geração, movido a biodiesel, algo que tem chamado a atenção de investidores.
Se essa ideia adotada pelos bio trios, fosse também utilizada pelo famoso sistema de transporte coletivo, um dos vilões da geração da poluição nos grandes centros, com certeza, extrema contribuição seria dada para a despoluição dessas cidades.
Percebemos que o desafio no momento é gerar excedentes para exportar energias renováveis por meio de econegócios que melhorem a qualidade do ambiente urbano.
A auto-suficiência em petróleo, algo de suprema importância antigamente, pode não ser tão considerável por causa de uma das preocupações do momento, o Meio Ambiente.
Só não podemos esquecer os consumidores famintos, sabemos da situação complicada dos preços abusivos do petróleo, dessa forma os agricultores estão dirigindo uma parte maior de suas colheitas para a produção de combustível do que para alimentos ou rações, criando uma concorrência entre alimentos e combustível.
Isso só não acontecerá se for estabelecida uma política agrícola fundamentada e consistente, para que sejam administrados tais conflitos.
O biodiesel é um átimo recurso, que à principio passará por um processo de adaptação e aceitação, mas é algo adequado para a economia brasileira.

Análise da redação

APROVEITAMENTO SUPERFICIAL: a redação foi considerada abaixo da média pelos avaliadores. Além do título extenso, o primeiro parágrafo é muito curto e desnecessário. Não há nenhuma informação relevante dentro das generalizações: últimos tempos e fontes de energia alternativa.Em seguida, o candidato vale-se da antologia somente para produzir paráfrases que não aprofundam, de fato, nenhum ponto de vista. Nos primeiros parágrafos, a redação trabalha apenas com a apresentação de dados.
O aproveitamento superficial da antologia não levou o candidato a contemplar as instruções, já que nem discute "o que significa destinar a produção agrícola brasileira para a geração de bioenergia" nem "explora a argumentação para justificar seu ponto de vista", mantendo-se no nível da informação decalcada dos textos oferecidos.

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Essa carência constitui um quase desvio do recorte temático proposto. 0 autor não estabeleceu relação entre a política para o setor agrícola e a geração de bioenergia. No antepenúltimo e no penúltimo parágrafos, ensaia alguma abordagem do tema proposto ao apresentar aspectos negativos que poderiam ser evitados caso fosse instaurada "uma política agrícola fundamentada e consistente". No entanto, propor uma política correta, sem desenvolver argumentos sobre como ela poderia ser e quais seriam suas possíveis consequências, é apenas um lugar-comum, e não um desenvolvimento do ponto de vista


REFERÊNCIA VAGA: vale lembrar que, em textos opinativos, é importante ser específico quanto à localização temporal do debate (veja o Capítulo 7, que fala sobre "tempo e espaço"). "Na última década" ou "no início do século XXI", por exemplo, são expressões mais adequadas do que "nos últimos tempos".

Redação dissertativa sobre uso de animais em pesquisas

Este é um exemplo de redação bastante útil para estudar para provas como a do Enem. Aqui você poderá treinar e observar as diferentes maneiras de abordar um assunto bem como as estratégias argumentativas mais eficazes para desenvolver uma boa redação dissertativa.

Exemplo de boa redação dissertativa no vestibular

(sem título)

Tão antiga quanto a relação homem-homem é a relação entre homens e animais. Envolveu, ao longo da história, vários aspectos: desde o antagonismo caça/predador até uma afetividade exagerada em relação aos bichinhos criados em casa. O ponto mais polémico dessa relação, contudo, surgiu recentemente, com o uso de animais em experimentações científicas.
A questão suscita importantes questionamentos sobre a conduta humana em relação às outras formas de vida. É bem verdade que existem fundamentos jurídicos para a proteção dos animais, como o artigo 225 da Constituição, no qual se baseia a Lei de Crimes Ambientais, que criminaliza abusos, maus-tratos e mutilações feitos contra animais, mas é também sabido que, como em tantos outros casos, as normas não são devidamente observadas.
Nesse cenário, vários grupos se organizam a fim de reivindicar os direitos dos animais. Argumentam em favor da igualdade do direito à vida, independentemente da espécie a que o organismo pertença. Sob este ponto de vista, o uso de animais em experimentos científicos é um sacrilégio. Contra ele, esses grupos se mobilizam e conseguiram, inclusive, a aprovação de uma lei que proibia a prática na cidade do Rio de Janeiro. Do outro lado, contudo, estavam os cientistas, que recorreram aos deputados federais para forçar a aprovação da lei que regulamentaria o uso científico de animais. Em toda a polémica, interessa observar que a posição do homem tem sido, sempre, a de hierarquizara vida, colocando a si mesmo no topo e subordinando toda a natureza aos seus interesses. A denúncia dessa postura pelas organizações de proteção animal é bem justa. O que lhes escapa, contudo, é que adotam linha similar: defendem baleias, focas e golfinhos, mas não se preocupam com mexilhões ou planarias, por não se identificarem com eles. Sinal claro de que, nem para os defensores dos animais, todos os seres têm o mesmo valor.
É importante, evidentemente, reconhecer o direito à vida de outros animais e respeitá-los, não lhes infligindo-sofrimento desnecessário. A questão das cobaias, entretanto, exige análise mais profunda. Vetando seu uso, a produção de vacinas seria prejudicada e muitas das pesquisas, a exemplo dos estudos com células-tronco e sobre terapias contra o câncer, seriam paralisadas. É sensato abandonar projetos que abririam tantas perspectivas para a cura e a prevenção de doenças? Nesse impasse, a solução momentânea foi dada pelo Senado, com a aprovação da Lei Arouca. Ela cria o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, responsável por credenciar instituições para criação e utilização de animais destinados a fins científicos, por estabelecer normas para seu uso e cuidado e por inspecionar a introdução de técnicas alternativas, que dispensem a aplicação das cobaias animais.
A medida é o ponto de equilíbrio entre as duas posições antagónicas. Bastante razoável, restringe o uso de cobaias animais às situações de interesse e necessidade e estimula a adoção de novos mecanismos, sem impô-los de maneira abrupta, o que causaria vários transtornos à atividade científica.
Parece que, dessa forma, resgatou-se a valorização da Baleia, de Graciliano Ramos, sem deixar para trás o menino maior e o menino menor, merecedores, também, de uma vida melhor, que pode ser propiciada pelos avanços da ciência.

(Fonte: Unicamp)

Análise da redação

ORIGINALIDADE: o candidato introduz de forma interessante a complexidade envolvida nas controvérsias sobre o uso de animais em experimentações científicas: aborda primeiramente a questão de um ponto de vista histórico, demonstrando de maneira eficaz que a relação entre o homem e o animal existe desde sempre e pode ser sintetizada emblematicamente, de um lado, pela atitude predatória e, de outro, por um amor excessivo aos animais domésticos. A dissertação trabalha de forma madura a dificuldade de se estabelecer um limite entre o bom uso e o mau uso dos animais pelo homem, levando sempre em consideração que essa é uma decisão histórica e política. Nesse sentido, o texto traz como fecho argumentativo a criação do Concea, que, sem pretensão de resolver definitivamente o problema, se coloca como um razoável fórum de decisão, análise e reflexão dos inúmeros pontos a serem levados em conta na regularização e normatização do uso de animais em experimentação.

CONCLUSÃO: o último parágrafo aponta para um olhar equilibrado e cuidadoso sobre tema tão delicado. Evoca a "Lei Arouca" como regulador "bastante razoável" para os casos mencionados ao longo do texto, fechando, de modo coerente, suas argumentações e seus questionamentos. Antes de arrematar a redação, encontrou ainda uma oportunidade para ilustrá-la a partir da lista de leitura obrigatória e mencionou o romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Demonstrou sensibilidade ao associar os meninos sem nome do enredo, donos da cadela chamada Baleia, ao debate "sacrifício de animais/benefício do homem".

Veja abaixo este modelo de redação que pode ser usado na hora de produzir seus textos dissertativos.

modelo-de-redação-dissertação-área-geográfica

Como fazer um cartão postal – Redação

O cartão postal é um dos diversos géneros textuais usados no cotidiano com diferentes finalidades, assim como o cartão, o bilhete, o convite, o telegrama, a carta pessoal ou familiar, o e-mail.

Nesses textos cotidianos, há o remetente, aquele que envia a mensagem, e o destinatário, aquele que recebe a mensagem enviada. Nesse cartão-postal, o remetente é a mãe, Ana, e o destinatário, o filho, Lucas.

cartao-postal

A linguagem varia conforme a situação estabelecida entre os interlocutores. A linguagem formal segue a norma culta e é usada em situações formais, como uma entrevista para obter um emprego. A linguagem informal apresenta uma estrutura mais solta, em que é possível usar até mesmo gírias e repetições, e é usada em situações informais, como um diálogo entre amigos.

A língua oral pode ser formal ou informal, dependendo do contexto em que se dá a comunicação. Um telejornal, por exemplo, em geral apresenta linguagem formal. Já a narração de um jogo de futebol ou de corrida de automobilismo apresenta linguagem informal.

Observe, no cartão-postal da página 14, que a linguagem é informal; trata-se de uma correspondência entre pessoas conhecidas.

O cartão-postal é normalmente usado por turistas que, para expressar suas impressões sobre o lugar onde estão, enviam uma mensagem curta a familiares ou amigos.

Na frente do postal, pode haver uma ou mais imagens do(s) lugar(es) turístico(s), para que se tenha uma ideia do local visitado. No verso do postal, coloca-se o endereço do destinatário e a breve mensagem, iniciada pelo vocativo ("Querido Lucas"). Segue-se um curto relato sobre os passeios realizados ou novas experiências vividas. No final, devem constar a assinatura do remetente ("Sua mãe, Ana") e a data.

Convites para lançamentos de livros, aberturas de exposições de arte, promoção de produtos, inauguração de grandes estabelecimentos comerciais, etc. também podem ter a forma de um cartão-postal. É comum, nesses casos, colocar na frente do postal uma ilustração alusiva ao acontecimento ou produto*anunciado. Por exemplo, a imagem de uma peça de roupa, de uma obra de arte, a capa de um livro, etc.

Leia as propostas de produção de textos e escolha uma delas.

1ª proposta

Imagine que você foi passar as férias na casa de um(a) amigo(a). O lugar é bem diferente de onde você mora.

Redija esse cartão-postal para um familiar ou amigo(a), contando os encantos turísticos do local. Comente também sobre as pessoas que você conheceu.

Troque seu texto com um(a) colega. Leia o texto escrito por ele(a) e faça sugestões, por escrito, se achar necessário. Verifique se ele(a) colocou o nome e o endereço do remetente e do destinatário.

2ª proposta

Recorte uma imagem da sua cidade e cole na frente do cartão-postal. No verso, descreva as belezas naturais e os lugares interessantes para se conhecer.

Troque seu texto com um(a) colega. Leia o texto escrito por ele(a) e faça sugestões, por escrito, se achar necessário. Verifique se ele(a) colocou o nome e o endereço do remetente e do destinatário.

Interpretar textos – Embalagem longa vida

Nos ótimos dias estamos focando na interpretação de textos para estimular os alunos a estudar para as provas de vestibular, Enem e até mesmo concursos públicos. Ainda entendo que a prática é que realmente importa quando estamos nesse processo de preparo para as provas. Por isso mesmo hoje mais cinco exercícios que podem ser usados para estudo ou mesmo para professores que querem elaborar listas de exercícios para seus alunos.

Interpretar textos – Memórias Póstumas

Nos exames vestibulares bem como no Enem, os exercícios de interpretação são muito importantes por constarem em boa parte da prova. Seja na leitura dos enunciados e até mesmo na prova de redação, os exames costumar cobrar esta tipologia textual. Por isso mesmo é que vamos mais à frente para pensarmos nas caraterísticas do texto e também para que possamos resolver atividades bem elaboradas.

Interpretar textos – Toda saudade

Trabalhar com músicas em sala de aula é bastante eficaz porque nos dá a chance de conquistar a atenção do aluno com algo que faz parte efetivamente do mundo dele. No caso desses exercícios de interpretação que trago hoje vamos ler o texto do Gilberto Gil e responder algumas questões referentes a ele. Interpretar textos só se aprende fazendo exercícios e nessa prática acabamos aprendendo a fazer redações no Enem melhor. Por isso mesmo, comece agora e, depois, confira o gabarito para ver seu desempenho e como poderá melhorar em seus estudos para o vestibular e Enem.

Interpretar textos – Aposentadoria

Estudar interpretação de textos é necessário em qualquer tempo. Mesmo numa época me que as pessoas estão acostumadas a ficar apenas em redes sociais, ainda vivenciamos muitas situações me que precisamos produzir textos bem como entendê-los. Não penso aqui em fazer redação no Enem. estou falando de situações como, por exemplo, entender um texto religioso, ler uma carta de amor, entender uma resenha daquele filme de que você tanto gosta. O fato é que exercitar é mais que necessário. Abaixo você verá alguns exercícios bastante legais sobre interpretação de textos. Faça-os e depois confira o gabarito.

Prova de preposições e locuções prepositivas

Esta é uma sequência de exercícios sobre palavras invariáveis que serve como  atividade extra para alunos que ficaram de recuperação ou que estão se preparando para concursos públicos. Nela você verá exercícios sobre palavras invariáveis, em especial a preposição.

1 – Leia o texto e complete os espaços com as preposições que estão no quadro abaixo. Se precisar pode repetir.

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2 – Coloque a vírgula no lugar correto e justifique o seu uso:

a) Maria traga-me uma xícara de leite.

b) Precisa-se de pedreiros serventes pintores e mestre-de-obras.

c) Belo Horizonte 26 de janeiro de 2001.

d) Maria perguntou:

_ Você vai ao passeio?

_ Não ficarei em casa.

3 – De acordo com a figura, complete com a preposição adequada, indicando a relação que ela estabelece.

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4 – Mostre como são formadas as contrações e combinações das seguintes preposições e em seguida indique se foram por contração ou combinação.

Na ______________________________________________________________________

Pelo ______________________________________________________________________

Neste ____________________________________________________________________

Do _______________________________________________________________________

Dele ______________________________________________________________________

Nesse _____________________________________________________________________

5 – Explique a diferença de sentido entre as frases.

a) Falou de você.

b) Falou com você.

c) Está a pé.

d) Estar em pé.

6 – Desfaça as combinações e contrações destacadas e indique se foram formadas por combinação ou contração.

a) Sentei no chão perto da cadeira dela.

b) O avião partiu daqui hoje pela manhã.

c) Iremos neste fim de semana.

d) Guardou o espelho e o estojo na bolsa, olhou ao redor...

7 – Informe as relações expressas pelas preposições (oposição, instrumento, finalidade, assunto, meio, oposição, matéria, modo, destino, origem, companhia.)

Voltou para ficar. _______________________ Pagou em cheque ________________________

Cortou-se coma gilete __________________ Casa de tijolos____________________________

Lutou contra todos _____________________ Saiu com o pai ___________________________

Apanhou de chinelo ____________________ Explicou com clareza ______________________

Escreva sobre sua vida __________________ Foi a Santos _____________________________

Chegou de trem _______________________ Sou de Florianópolis ______________________

8 – Identifique com um traço as preposições e as locuções prepositivas.

a) Os ganhadores tiveram como prêmio uma medalha de ouro.

b) Não vou aonde você vai.

c) Ele veio a fim de me ajudar.

d) Mário foi a única pessoa que além de mim, sorriu.

e) Não estou a par do assunto.·.

f) Fomos ao teatro.

Prova de pontuação aposto e vocativo

Esta é uma sequência de exercícios de pontuação e que fazem parte de uma prova que foi feita para o sétimo ano do ensino Fundamental. Nela você verá além das questões de pontuação sobre o uso da vírgula, verá também exercícios de aposto e vocativo que podem ajudar a entender como a pontuação influencia no sentido dos enunciados.

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Análise de textos verbais e não verbais

Esta é uma atividade que usei numa de minhas aulas de produção de texto para desenvolver a análise de textos verbais e não verbais. Nela os alunos eram instigados a pensar nos textos, nos recursos expressivos usados e, a partir dessa análise e de inferências, responder as questões propostas. Use para montar materiais para seus alunos ou mesmo para discutir em sala de aula o tema apresentado aqui. na prova do Enem é claro que esses conhecimentos ajudarão bastante.

Atividade de classe para Produção de Texto

Leia o painel de textos a seguir:

Texto 1

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Texto 2

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Texto 3

Quando você for se embora,

moça branca como a neve, me leve.

Se acaso você não possa

me carregar pela mão,

menina branca de neve,

me leve no coração.

Se no coração não possa

por acaso me levar,

moça de sonho e de neve,

me leve no seu lembrar.

E se aí também não possa

por tanta coisa que leve

já viva em seu pensamento,

menina branca de neve,

me leve no esquecimento.

Moça de sonho e de neve,

me leve no esquecimento,

me leve.

1. O texto 1 é organizado em sete cenas.

a) Por que, supostamente, o marido se levantou da cama, na 2ª cena?

b) O que sugere a expressão da mulher, na 5ª cena?

c) Compare a expressão do marido na 1ª e na 6ª cenas. Em que diferem?

d) Levante hipóteses: Aonde o marido está indo? O que teria acontecido no apartamento de cima?

2. O texto "Cantiga pra não morrer" diz respeito a relacionamento amoroso.

a) Que tipo de situação é imaginada pelo eu lírico do texto?

b) Que apelo o eu lírico faz à "moça branca como a neve"?

c) Dê ao menos duas interpretações ao título do texto.

3. O texto 3 é uma obra do pintor brasileiro Almeida Júnior (1850-1899). Nela, uma mulher olha uma fotografia. Observe o título do quadro e responda:

a) Que sentimentos a postura física da mulher e sua expressão facial expressam?

b) Por que a mulher está vestida de negro?

c) De quem você acha que é a foto?

4. Compare os três textos.

a) O que eles têm em comum?

b) Em qual(is) dos textos o fim do relacionamento provoca senti­mento de tristeza, saudade ou dor?

c) Em qual(is) deles provoca alegria?

5. Há textos que são constituídos apenas de imagem, outros apenas de palavras, outros de palavras e imagens.

a) Quais dos textos são constituídos basicamente de imagens?

b) Qual é constituído apenas de palavras?

c) Qual deles sugere a presença da música, por meio de notas musicais?

Prova pronta sobre regência verbal e nominal

segredos-do-enem-2017-estudar-vestibularEstes são alguns exercícios bastante práticos de regência verbal e nominal. Embora não seja um assunto cobrado dessa maneira no Enem 2017, é sempre interessante estudar os mecanismos da Língua Portuguesa que auxiliam na hora de escrever de forma correta. Este é um importante recurso que qualquer estudante que estuda e se compromete com o que faz deve seguir. Isso porque as provas trazem esses assuntos de forma contextualizada. Os exercícios partes de um pequeno texto e depois abordam outras questões pertinentes. Além desses exercícios, navegue pelo site e pelas categorias para montar atividades para seus alunos.

Atividades para regência

Leia o texto para responder as questões abaixo:

“- Mandaram eu ler este livro...

Se o tal livro for fraquinho, o desprazer pode significar um precipitado mas decisivo adeus à literatura; se for estimulante, outros virão sem o peso da obrigação.

As experiências com que o leitor se identifica não são necessariamente as mais familiares, mas as que mostram o quanto é vivo u repertório de novas questões. Uma leitura proveitosa leva à convicção de que as palavras podem construir um elemento profundamente revelador do próximo, do mundo, de nós mesmos. Tal convicção faz caminhar para uma outra, mais ampla, que um antigo pensador romano assim formulou: Nada do que é humano me é alheio.

( Cláudio Ferraretti)

1-) De acordo com o texto, a identificação do leitor com o que lê ocorre sobretudo quando:

a) Ele sabe reconhecer na obra o valor consagrado pela tradição da crítica literária.

b) Ele já conhece, com alguma intimidade, as experiências representadas numa obra.

c) A obra expressa, em fórmulas sintéticas, a sabedoria dos antigos humanistas.

d) A obra o introduz num campo de questões cuja vitalidade ele pode reconhecer.

e) A obra expressa convicções tão verdadeiras que se furtam à discussão.

2-) O sentido da frase: “Nada do que é humano me é alheio” é equivalente ao desta outra construção:

a) O que não diz respeito ao homem nao deixa de me interessar.

b) Tudo o que se refere ao homem diz respeito a mim.

c) Como sou humano, não me alheio a nada.

d) Para ser humano, mantenho interesse por tudo.

e) A nada me sinto alheio que não não seja humano.

3-) De acordo com o texto, a convicção despertada por uma leitura proveitosa é, precisamente, a de que:

a) As palavras constituem sempre um movimento de profunda revelação.

b) É muito fácil encontrar palavras que sejam profundamente reveladoras.

c) As palavras sempre caminham na direção do outro, do mundo, de cada um de nós.

d) Nenhuma palavra será viva se não provocar o imediato prazer do leitor.

e) Sempre existe a possibilidade de as palavras serem profundamente reveladoras.

4-) Encontre, no texto, a regência correta para os seguintes substantivos ou verbos:

a) Significar - __________________________________________________________________________

b) Adeus - _____________________________________________________________________________

c) Identificar - __________________________________________________________________________

d) Convicção - __________________________________________________________________________

e) Levar - ______________________________________________________________________________

5-) (FEI-SP) Indique a alternativa em que haja erro de regência verbal:

a) Deu-lhe um belo presente de aniversário.

b) Levei-o para o médico esta manhã.

c) Gostamos deste novo filme.

d) Fui no cinema ontem.

e) O lenço caiu no chão.

6-) (UFMG) Em todas as alternativas, a expressão destacada está empregada corretamente, conforme as normas da língua escrita padrão, exceto em :

a) O concerto a que todos assistiram entusiasmados marcou a volta de Villa-Lobos.

b) O locutor prepara um escorregão que nenhuma faixa etária, seco ou atividade escapa.

c) O medo que as pessoas têm do ridículo é menor do que o poder do microfone.

d) O rádio é um veiculo a que as pessoas atribuem autoridade e credibilidade.

e) O sentimento que parece existir é o de que tudo neste País é possível.

7-) (ITA-SP) Aponte a alternativa correta:

a) Antes prefiro aspirar a uma posição honesta que ficar aqui.

b) Prefiro aspirar à uma posição honesta que ficar aqui.

c) Preciso antes aspirar a uma posição honesta que ficar aqui.,

d) Prefiro aspirar uma posição honesta que ficar aqui.

e) Prefiro aspirar a uma posição honesta que ficar aqui.

8-) (EFOA-MG) A alternativa correta em relação à regência verbal é:

a) A pessoa que eu mais confiava me traiu.

b) O cargo que aspirava já foi preenchido.

c) Tudo de que eu esperava aconteceu.

d) Aquela pessoa não é o tipo de que gosto.

e) O filme que eu lhe falei ainda está em cartaz.

9-) Preencha o espaço de forma que a regência nominal fique correta:

a) Nós estamos acostumados ____________ esses casos.

b) Tenhamos amor _____________nossos semelhantes.

c) É preciso ter atenção ____________nossos professores.

d) Não tenha aversão ___________coisa nenhuma.

e) Eles não têm certeza __________ coisa alguma.

10-) (UFAL) É sempre preferível ações ...

a) …do que palavras.

b) …à palavras.

c) …antes do que palavras.

d) …a palavras.

e) …mais do que palavras.

Exercícios de linguagem, discurso e produção de sentido

exercícios-enem-revisão-vestibularEsta é uma lista de exercícios abordando questões muito importantes nas provas do Enem e que exigem do candidato bastante conhecimento da Língua. Além disso, o candidato do vestibular, preocupado com a concentração na hora da prova precisa levar a sério seus estudos. Em Língua Portuguesa é comum que os alunos achem os conteúdos bastante fáceis e, na hora das provas, confundam os sentidos visto que eles estão inseridos num contexto mais específico. Bem, fique com estas atividades e confira o gabarito depois.

Lista de atividades de linguagem

LEIA O TEXTO I PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DE 01 A 05.

TEXTO I

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(Veja, 05 de dezembro de 2007.)


QUESTÃO 01 (Descritor: identificar estratégias visuais e verbais empregadas na construção do texto.)

Assunto: Procedimento de leitura de sentido/linguagem, discurso e produção de sentido.

As estratégias visuais e verbais presentes no texto contribuem para os efeitos descritos nas alternativas, EXCETO

A) A imagem do menino, que ilustra o texto publicitário apresentado, corrobora com a tese defendida no texto verbal.

B) Há um jogo com o vocábulo luz, que é trabalhado em sentido conotativo ao longo de todo o texto.

C) Já que o texto mostra uma parceria entre empresas de energia, o jogo com o vocábulo luz deve ser visto como uma estratégia.

D) O texto promove a comercialização de energia de algumas empresas do setor relacionando-a à importância da leitura.

E) O texto publicitário apresentado não focaliza um produto especificamente, mas promove indiretamente o hábito de leitura.

QUESTÃO 02 (Descritor: reconhecer em um texto marcas decorrentes de identificações políticas ou ideológicas.)

Assunto: Característica do enunciador na construção de valores e sentidos/linguagem, discurso e produção de sentido.

Em todos os trechos retirados do texto apresentado, é possível perceber o ponto de vista do locutor. Isso só NÃO ocorre em:

A) “É fundamental para captar conhecimentos,(...)”

B) “Sem a leitura, a ciência não se desenvolve (...)”

C) “(...) as informações tornam-se inúteis.”

D) “Ler traz prazer.”

E) “A Energias do Brasil e a Fundação Victor Civita criaram o Letras de Luz(...)”

QUESTÃO 03 (Descritor: analisar recursos expressivos empregados na construção do texto.)

Assunto: Progressão temática e organização argumentativa/linguagem, discurso e produção de sentido.

NÃO foi um recurso expressivo empregado na construção do texto

A) a argumentação em defesa da leitura.

B) a oposição de idéias a partir da leitura.

C) a exposição de expectativas futuras.

D) a coordenação de idéias acerca do tema.

E) a utilização de imperativos como estratégia persuasiva.

 

QUESTÃO 04 (Descritor: relacionar informações constantes do texto com conhecimentos prévios, identificando o uso de linguagem figurada.)

Assunto: Estratégias argumentativo-discursivas./linguagem, discurso e produção de sentido.

Em um dos trechos abaixo, extraídos do texto, o autor do texto publicitário fez uso de uma metáfora corrente para confirmar a tese do texto. ASSINALE-O.

A) “E um povo que tem conhecimento ninguém apaga”

B) “Ler traz prazer.”

C) “Ela é forte assim porque é feita de letras.”

D) “Sem a leitura, a ciência não se desenvolve.”

E) “(...) as informações tornam-se inúteis.”

 

QUESTÃO 05 (Descritor: identificar informações explícitas e implícitas dentro do discurso.)

Assunto: Procedimentos de leitura/linguagem, discurso e produção de sentido.

Considerando-se o texto como um todo, bem como o suporte no qual ele foi veiculado, é CORRETO afirmar que

A) o objetivo central do texto é divulgar trabalhos sociais.

B) o locutor do texto promove todas as companhias energéticas brasileiras.

C) o alocutário previsto para o texto são os leitores da revista no qual ele foi veiculado.

D) o suporte textual no qual a publicidade foi divulgada não tem relação com o seu conteúdo.

E) a linguagem empregada na construção privilegia a denotação.

Gabarito dos exercícios

Abaixo você poderá conferir os gabaritos dos exercícios de linguagem que acabou de fazer.

QUESTÃO 01

D

QUESTÃO 02

E

QUESTÃO 03

E

QUESTÃO 04

A

QUESTÃO 05

C

Atividades sobre Parnasianismo e Simbolismo

exercícios-enem-revisão-vestibular-parnasianismo-simbolismoEsta é uma sequência de exercícios de literatura para o Enem e servem bem para abordar questões de dois períodos literários bastante importantes, o Parnasianismo e o Simbolismo. Como você deve saber, o Parnasianismo é o período que ocorreu simultaneamente ao realismo, tão estudado nas aulas de Ensino Médio. Já o Simbolismo trouxe importantes contribuições, inclusive para o estudo das figuras de linguagem. Você pode também aqui no site estudar com nossos exercícios de interpretação já com gabarito. Eles são ideais para quem fará o Enem e está com dificuldades para memorizar os conteúdos mais importantes da prova.

Atividades de Literatura

1-) Os poetas representativos da escola parnasiana defendiam:

a) O engajamento político nas causas históricas da época, fazendo delas matéria para uma poesia inflamada e eloquente.

b) A ideia de que a livre inspiração é a garantia de que o poema corresponda à expressão direta das emoções mais profundas.

c) A simplicidade da arte primitiva, razão pela qual buscavam os temas bucólicos e uma linguagem próxima da fala rústica dos camponeses.

d) O abandono das formas fixas, criando, portanto, as condições para o posterior surgimento dos poemas em verso livre do Modernismo.

e) A disciplina do artista e o trabalho artesanal com a linguagem, de modo a resultar uma obra adequada aos padrões de uma estética clássica.

2-) O Parnasianismo é a vertente na poesia do Realismo, afirmam alguns. Em que são parecidos? Em que diferem?

3-) Todos os itens apresentam características do Parnasianismo, exceto:

a) Prevalência de formas fixas de composição poética.

b) Anseio de liberdade criadora.

c) Preocupação com a perfeição formal.

d) Gosto pela precisão descritiva.

e) Ideal de objetividade

4-) O significa arte pela arte?

5-) Destaque as características do Parnasianismo presentes do poema abaixo:

A um poeta

Longe do estéril turbilhão da rua,

Beneditino, escreve! No aconchego

Do claustro, na paciência e no sossego,

Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego

Do esforço; e a trama viva se construa

De tal modo, que a imagem fique nua.,

Rica mas sóbria, como um templo grego.

Não se mostre na fábrica o suplício

Do mestre. E, natural, o efeito agrade,

Sem lembrar os andaimes do edifício.

Porque a Beleza, gêmea da Verdade,

Arte pura, inimiga do artifício,

É a força e a graça na simplicidade.

6-) Assinale a alternativa em que todas as características de estilo são do Simbolismo.

a) Impassibilidade, vida descrita objetivamente, ecletismo.

b) Favor da forma, expressões ousadas, fidelidade nas observações.

c) Atmosfera de imprecisão, realismo cru, religiosidade.

d) Religiosidade, musicalidade, subjetividade.

e) Complexidade, ressurreição dos valores humanos, materialismo.

7-) Sobre o Simbolismo brasileiro, é correto afirmar que:

a) Reelabora a fala popular carioca em curtos poemas de temática urbana, repletos de elipses e trocadilhos bilíngües.

b) Retoma a temática romântica com animo satírico e polêmico, inclusive parodiando trechos de romance no século XIX.

c) Explora a mitologia Greco-latina e episódios da história antiga da Europa em sonetos descritivos com chave-de-ouro.

d) Explora a sugestividade dos sons da língua em poemas que reportam sensações indefinidas e sentimentos vagos.

e) Reelabora a musicalidade dos vocábulos com experiências em que as palavras são segmentadas e a frase parte-se em fragmentos.

8-) Assinale a alternativa cujos termos preenchem corretamente as lacunas do seguinte texto:

“Pode-se afirmar que a poesia ______________ não teve, entre nós, a mesma repercussão que teve na Europa. De qualquer modo, essa poética voltada para as sonoridades, os amplos espaços, o Absoluto, o desejo do infinito, e estilisticamente apoiada em sinestesias, enumerações, assonâncias e aliterações, permitiu a _____________ consagrar-se com seus versos”.

a) Pré-romântica – Casimiro de Abreu

b) Pré-modernista – Raimundo Correia

c) Neoclássica – Basílio da Gama

d) Simbolista – Cruz e Souza

e) Parnasiana – Machado de Assis

9-) Aponte as características do Simbolismo presentes em cada um dos excertos abaixo:

a) Nessa Amplidão das Amplidões austeras

chora o Sonho profundo das Esferas

que nas azuis Melancolias morre...

b) Vozes veladas, veludosas vozes,

Volúpias dos violões, vozes veladas

Vagam nos velhos vórtices velozes

Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.

c) Tenho sonhos cruéis; n’alma doente

Sinto um vago receio prematuro.

Vou a medo na aresta do futuro,

Embebido em saudades do presente...

Lista de revisão sobre crase para vestibular

exercícios-enem-revisão-vestibularEsta é uma lista de exercícios de revisão sobre crase. É bastante importante discutir o assunto nas aulas de Português para o Enem porque os alunos, às vezes, não entendem que a ausência de crase influencia na regência e que isso pode, inclusive, mudar o sentido do enunciado que eles redigiram. Na dúvida sobre este assunto, visite os outros arquivos aqui no blog e veja tudo que escrevi sobre a prova do Enem e como é possível, através de técnicas de memorização, dominar a prova e garantir sua vaga no vestibular.

Exercícios sobre crase

1-) Preencha os espaços vazios com a ou as, marcados ou não com acento grave indicador da crase:

a) Eu já conhecia ______ fazenda, por isso fui _____ cidade apreciar ______praças.

b) Fui ______Roma, depois ______Veneza dos belos canais.

c) Prefiro cinema _____ teatro.

d) Estou mais inclinado ______ ouvir do que ______ falar.

e) Fiz referência _____ V.Sa. e não ______ Sra. que o acompanha.

f) Nunca assisti _________ tanta miséria.

g) Gosto de falar ______ pessoas frente ____ frente.

2-) Há estreita relação entre a regência e a ocorrência da crase. Complete os espaços vazios com o nome contido nos parênteses, usando, adequadamente, o acento indicador de crase.

a) Assistiram _______________________atentos. (a aula)

b) Pagaram ______________________________ . (as contas)

c) Pagaram _______________________________ . (a empregada)

d) Obedeça _______________________________. (as leis)

3-) (MACK-SP) Assinale a alternativa que preenche com exatidão as lacunas:

Estou aqui __________8h, mas só poderei ficar até _________ 9h30, porque ______ 10h30min assistirei _____ sessão solene de abertura de uma importante exposição de arte moderna, precisando, para isso, dirigir-me ____ Rua 7 de abril e ir ______ Galeria “Sanson Flexor”.

a) Às – às – às – a – a – a

b) As – as – as – à – à – à

c) As – as – às – a – à – à

d) Às – às – às – à – à – à

e) Às – as – as – à – à – à

4-) (FGV-SP) Preencha os espaços a seguir com a, à, as ou às, conforme o caso.

a) O presidente da associação se declarava ___________ favor dos incentivos _______ utilização de veículos _____ óleo ou _____ álcool. Recomendava _______ aplicação de mais verbas destinadas ________ subsidiar _______ plantação de cana ; __________claras, louvava ____________qualidades dos combustíveis renováveis e derramava elogio _______ usinas.

b) Esse era o teor dos discursos que o presidente fazia nos finais de semana, durante os comícios. Mas, de segunda ______ sexta-feira, das 8 ______ 18 horas, os empregados da empresa faziam _____ entregas _____ domicílio, utilizando gasolina em seus veículos; nessas ocasiões, as ações dos empregados contrariavam o que o presidente dizia __________ todos.

Você sabia que os verbos podem ter seu sentido alterado conforme a transitividade? Este é o caso do verbo assistir que, dependendo da regência, pode significar ajudar ou ver/presenciar. Para saber mais sobre isso, clique no banner abaixo.

saber-mais

5-) (UNIRIO) Assinale o item em que se deveria colocar acento indicativo de crase.

a) ( ) Depois de assinalado, o pinheiro cairia daí a uma semana.

b) ( ) A uma hora da tarde, o pinheiro seria cortado.

c) ( ) Ninguém iria a festas de Natal sem pinheiro enfeitado.

d) ( ) As folhas do pinheiro caíam, uma a uma.

e) ( ) O pinheiro seria colocado a qualquer momento.

6-) (UNIRIO) Assinale a frase em que a está indevidamente acentuado.

a) ( ) Hora à hora os monges renovavam as preces.

b) ( ) A fórmula fria e constante de desprendimento à qual se referia Miguel Couto era típica.

c) ( )Os monges não se referiam, evidentemente, àquelas paredes esterroadas.

d) ( ) O amor à educação faz pensar o brasileiro.

e) ( ) À uma hora da tarde reuniam-se os monges.

7-) (UNIRIO) Assinale o item em que há ERRO por ausência ou presença do acento no a indicativo de crase.

a) ( ) À cada gol, Pelé exultava. b) ( ) Assisti a uma partida sem gols.

c) ( ) O juiz terminou a partida às pressas. d) ( ) À uma hora se iniciaria o último jogo do torneio.

e) ( ) Fui à praia e não vi futebol na areia.

8-) (UNIRIO) Assinale o item cujas lacunas devem ser preenchidas pela sequência HÁ - A - À.

a) ( ) Daqui __ alguns dias, __ diretoria apresentará __ algumas pessoas o programa.

b) ( ) __ vários exemplares de livros __ disposição dos que __ secretaria indicar.

c) ( ) __ melhor colocação receberá __ recompensa __ que tem direito.

d) ( ) __ dois dias, __ prova chega __ banca.

e) ( ) __ tempos, vem __ jovem visando __ colocação digna de seu mérito.

9-) (UFRRJ) Nas alternativas a seguir, marque o único caso em que o uso da crase é facultativo.

a) ( ) À vista não se podia comprar, pois o preço era muito alto.

b) ( ) Indo à Bahia, não se esqueça de que há belas igrejas por lá.

c) ( ) Fomos à casa em que Maria passou os últimos dias e sentimos a sua presença.

d) ( ) Entregou à sua mulher a maior parte dos bens.

e) ( ) Àquele rapaz não se pode entregar tarefa de responsabilidade.

10-) (CESGRANRIO) Assinale a opção em que o uso do acento grave indicativo de crase constituiria erro:

a) ( ) uma ameaça as funções. b) ( ) uma ameaça a função.

c) ( ) uma ameaça a nossa função. d) ( ) uma ameaça a esta função.

e) ( ) uma ameaça as principais funções.

11-) (CESGRANRIO) Assinale a opção em que há ERRO no emprego do acento indicativo de crase.

a) ( ) passeio à Tijuca. b) ( ) passeio à Urca.

c) ( ) passeio à Ipanema. d) ( ) passeio à Barra Tijuca.

e) ( ) passeio à Gávea.

12-) (USU) Em qual das seguintes opções seria ERRADO o uso do acento grave indicativo de crase?

a) ( ) doença que representam uma ameaça as populações periféricas.

b) ( ) doenças que representam uma ameaça a população rural.

c) ( ) doenças que representam uma ameaça as grandes cidades.

d) ( ) doenças que representam uma ameaça a qualquer população.

e) ( ) doenças que representam uma ameaça a nossa cidade.

13-) (PUC) “Eu solto aos ecos da serra / Suspiros dessa saudade”. Caso substituíssemos ECOS por BRISAS, nos versos acima, teríamos que usar a contração da preposição A com o artigo definido AS, com o acento grave indicador de crase. Indique a opção em que, de acordo com a norma culta, NÃO ocorreria esta contração e, consequentemente, não apareceria o acento grave indicador de crase:

a) ( ) Agora vamos __ últimas questões.

b) ( ) Os parlamentares corresponderam __ expectativas dos seus eleitores.

c) ( ) Entregamos __ alunas as entradas para o espetáculo.

d) ( ) Anteriormente __ reclamações, o reparo do equipamento já havia sido providenciado.

e) ( ) O guia lembrava __ crianças de que não deveriam afastar-se dele.

Questões de Trovadorismo e Barroco com gabarito

questões de barroco e trovadorismoEstas são questões bastante uteis para professores e estudantes que estão revisando o conteúdo de Literatura do primeiro ano do ensino Médio. neste caso, é necessário passar pelo Trovadorismo e pelo Barroco por serem períodos que influenciaram profundamente o pensamento do homem da época e o mundo das artes. Você poderá ver as questões de literatura do Enem abaixo e, em seguida, conferir o gabarito. Há ainda indicações de outros artigos aqui no site para que você também aprenda a fazer uma redação nota 1000 e também estude aspectos da gramática que são tema na prova do Enem. Observando seu desempenho será possível focar no que é mais importante e em que está deficiente.

Atividades de literatura com gabarito

QUESTÃO 27 (Descritor: Julgar a existência de uma contradição entre a fala da personagem e o tipo de texto em que esta se apresenta, no caso, o poema épico.)

Nível de dificuldade: difícil.

Assunto: Camões épico – O Velho do Restelo

Leia as palavras do Velho do Restelo (Os Lusíadas, Luís Vaz de Camões).

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NESTI, Fido. OS LUSÍADAS em quadrinhos. Peirópolis: São Paulo, 2006, p. 15-6.

Na epopeia, este é o momento em que as naus de Vasco da Gama estão deixando o porto para seguir até as Índias. JULGUE a fala do Velho em relação ao momento em que a epopeia se faz presente no poema.


QUESTÃO 28 (Descritor: Comparar um texto clássico com um texto moderno com o qual estabelece uma relação dialógica.)

Nível de dificuldade: difícil.

Assunto: Camões épico X Fernando Pessoa, com “Mar Português”

Nota: Vale destacar que, a partir dessa questão, pode-se estabelecer interessante trabalho interdisciplinar com história.

O poeta português Fernando Pessoa (1888-1935), no século XX, escreve o livro Mensagem, no qual foi publicado o poema “Mar Português”. Leia-o.

X. MAR PORTUGUÊS 

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

PESSOA, Fernando. Obra Poética. Nova Aguilar:

Rio de Janeiro, 1995, p. 82.

Retome as falas do Velho do Restelo apresentadas nos quadrinhos da questão 27 e COMPARE os dois textos (estabelecendo semelhanças e diferenças).


QUESTÃO 29 (Descritor: Sintetizar as críticas presentes em uma canção.)

Nível de dificuldade: difícil.

Assunto: Quinhentismo brasileiro na contemporaneidade.

A Carta do Descobrimento, escrita por Pero Vaz de Caminha (1450-1500), escrivão-mor da esquadra de Pedro Álvares Cabral, apresentava um panorama do que era a atual região de Porto Seguro à época do descobrimento, segundo o olhar do europeu.

Renato Russo (1960-1996), compositor do grupo Legião Urbana, na música “Índios” explora a visão do índio em relação ao europeu. Leia a canção.

Índios

Legião Urbana

Composição: Renato Russo

Quem me dera
Ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora
Até o que eu não tinha

Quem me dera
Ao menos uma vez
Esquecer que acreditei
Que era por brincadeira
Que se cortava sempre
Um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda

Quem me dera
Ao menos uma vez
Explicar o que ninguém
Consegue entender
Que o que aconteceu
Ainda está por vir
E o futuro não é mais
Como era antigamente.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.

Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do início ao fim.

E é só você que tem
A cura do meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Acreditar por um instante
Em tudo que existe
E acreditar
Que o mundo é perfeito
Que todas as pessoas
São felizes...

Quem me dera
Ao menos uma vez
Fazer com que o mundo
Saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz
Ao menos, obrigado.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado
Por ser inocente.

Eu quis o perigo
E até sangrei sozinho
Entenda!

Assim pude trazer
Você de volta pra mim
Quando descobri
Que é sempre só você
Que me entende
Do início ao fim.

E é só você que tem
A cura pro meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos
E vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.

http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/92/ (Acesso em 19 de maio de 2010.)

SINTETIZE em um parágrafo a critica apresentada pela canção “Índios”, ressaltando esse olhar indígena em relação ao europeu.

QUESTÃO 30 (Descritor: Justificar uma afirmação a partir da analise de um texto.)

Nível de dificuldade: média.

Assunto: Cultismo X Conceptismo.

Leia os textos a seguir.

Texto I

“Tão inteiramente conhecia Cristo a Judas, como a Pedro e aos demais; mas notou o Evangelista com especialidade a ciência do Senhor, em respeito de Judas, porque em Judas mais que em nenhum dos outros campeou a fineza do seu amor. Ora vede: Definindo S. Bernardo o amor fino, diz assim : Amor non quaerit causam, nec frutum: “ O amor fino não busca causa nem fruto”. Se amo, porque me amam, tem o amor causa; se amo, para que me amem, tem fruto: e amor fino não há de ter porquê, nem para quê. Se amo porque me amam, é obrigação, faço o que devo; se amo para que me amem, é negociação, busco o que desejo. Pois como há de amar o amor para ser fino? Amo, quia amo, amo, ut amem: amo porque amo, e amo para amar. Quem ama porque o amam, é agradecido; quem ama para que o amem é interesseiro; quem ama não porque o amam, nem para que o amem, esse só é fino. E tal foi a fineza de Cristo em respeito a Judas; fundada na ciência que tinha dele e dos demais discípulos.”

Sermão do Mandato, Pe. Antônio Vieira.

http://executivajunior.com.br/site/frases-ditas-pelos-homens-corporativos (Acesso em 21 de maio de 2010)

Texto II

Ao mesmo assunto e na mesma ocasião.

por Gregório de Matos

Corrente, que do peito desatada
Sois por dois belos olhos despedida,
E por carmim correndo desmedida
Deixais o ser, levais a cor mudada.
Não sei, quando caís precipitada
As flores, que regais, tão parecida,
Se sois neves por rosa derretida,
Ou se a rosa por neve desfolhada.
Essa enchente gentil de prata fina,
Que de rubi por conchas se dilata,
Faz troca tão diversa, e peregrina,
Que no objeto, que mostra, e que retrata,
Mesclando a cor purpúrea, e cristalina,
Não sei, quando é rubi, ou quando é prata.

http://pt.wikisource.org/wiki/Corrente,_que_do_peito_desatada (Acesso em 21 de maio de 2010.)

O Texto I, da autoria do Pe. Antônio Vieira, é considerado predominantemente conceptista. O Texto II, do poeta Gregório de Matos, é considerado predominantemente cultista. Justifique estas classificações com elementos dos textos.


QUESTÃO 31 (Descritor: Analisar um texto reconhecendo os processos utilizados pelo autor em sua produção.)

Nível de dificuldade: difícil.

Assunto: Barroco – cultismo e conceptismo.

O Barroco apresenta dois procedimentos estilísticos fundamentais: o cultismo e o conceptismo. Embora o cultismo (jogo de palavras, imagens) predomine no poema e o conceptismo (jogo de raciocínios, ideias) na prosa, não são raros os textos em que há uma confluência de ambos os procedimentos.

Analise o poema a seguir.

Ao braço do mesmo Menino Jesus quando apareceu

O todo sem a parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga, que é parte, sendo todo.
Em todo o Sacramento está Deus todo,
E todo assiste inteiro em qualquer parte,
E feito em partes todo em toda a parte,
Em qualquer parte sempre fica o todo.
O braço de Jesus não seja parte,
Pois que feito Jesus em partes todo,
Assiste cada parte em sua parte.
Não se sabendo parte deste todo,
Um braço, que lhe acharam, sendo parte,
Nos disse as partes todas deste todo.

DEMONSTRE, com exemplos do texto, como o cultismo e o conceptismo foram empregados em sua elaboração.


QUESTÃO 32 (Descritor: Reconhecer, no Sermão da Sexagésima, sua principal característica: a metalinguagem.)

Nível de dificuldade: médio.

Assunto: Sermões de Vieira, Sermão da Sexagésima.

Leia um fragmento do Sermão da Sexagésima, do Pe. Antônio Vieira.

“Fazer pouco fruto a palavra de Deus no Mundo, pode proceder de um de três princípios: ou da parte do pregador, ou da parte do ouvinte, ou da parte de Deus. Para uma alma se converter por meio de um sermão, há-de haver três concursos: há-de concorrer o pregador com a doutrina, persuadindo; há-de concorrer o ouvinte com o entendimento, percebendo; há-de concorrer Deus com a graça, alumiando. Para um homem se ver a si mesmo, são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelho e há mister olhos. Que coisa é a conversão de uma alma, senão entrar um homem dentro em si e ver-se a si mesmo? Para esta vista são necessários olhos, é necessária luz e é necessário espelho. O pregador concorre com o espelho, que é a doutrina; Deus concorre com a luz, que é a graça; o homem concorre com os olhos, que é o conhecimento. Ora suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende destes três concursos: de Deus, do pregador e do ouvinte, por qual deles devemos entender que falta? Por parte do ouvinte, ou por parte do pregador, ou por parte de Deus?”

http://www.paratexto.com.br/document.php?id=597 (Acesso em 19 de maio de 2010)

JUSTIFIQUE a seguinte afirmação: o Sermão da Sexagésima é uma obra metalinguística.


QUESTÃO 33 (Descritor: Comparar aspectos da vertente lírica do poeta Gregório de Matos, buscando estabelecer suas diferenças.)

Nível de dificuldade: difícil.

Assunto: Gregório de Matos: poesia lírica.

Em sua vertente lírica, o poeta Gregório de Matos (1636-1695) escrevia poemas bastante diversos. Aqueles que eram similares ao texto I, endereçavam-se às mulheres brancas. Os semelhantes ao texto II, eram para as negras e mulatas. Leia-os com atenção, buscando as diferenças.

Texto I

PONDERA AGORA COM MAIS ATENÇÃO A FORMOSURA DE D. ANGELA.

Não vi em minha vida a formosura,
Ouvia falar nela cada dia,
E ouvida me incitava, e me movia
A querer ver tão bela arquitetura.

Ontem a vi por minha desventura
Na cara, no bom ar, na galhardia
De uma Mulher, que em Anjo se mentia,
De um Sol, que se trajava em criatura.

Me matem (disse então vendo abrasar-me)
Se esta a cousa não é, que encarecer-me.
Sabia o mundo, e tanto exagerar-me.

Olhos meus (disse então por defender-me)
Se a beleza hei de ver para matar-me,
Antes, olhos, cegueis, do que eu perder-me.

http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/picaros.html#6 (Acesso em 19 de maio de 2010)

Texto II

Minha rica Mulatinha
desvelo, e cuidado meu,
eu já fora todo teu,
e tu foras toda minha:
juro-te, minha vidinha,
se acaso minha qués ser,
que todo me hei de acender
em ser teu amante fino
pois por ti já perco o tino,
e ando para morrer.

http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/Mariquita.html#-1 (Acesso em 19 de maio de 2010)

APONTE as diferenças no que diz respeito ao conteúdo e à forma.


QUESTÃO 34 (Descritor: Interpretar o poema e reconhecer o aspecto crítico destacado em cada estrofe.)

Nível de dificuldade: média.

Assunto: Gregório de Matos – poesia satírica.

A veia satírica de Gregório de Matos rendeu-lhe o apelido de Boca do Inferno. Seus poemas não poupavam ninguém: nem as autoridades, nem o clero, nem os poderosos. Leia o soneto a seguir.

Descreve o que era naquele tempo a cidade da Bahia

A cada canto um grande conselheiro,
Quer nos governar cabana e vinha, *
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um frequente olheiro,
Que a vida do vizinho, e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para a levar à Praça e ao Terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados
Trazidos pelos pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia.*
Estupendas usuras nos mercados,
Todos os que não furtam muito pobres:
E eis aqui a cidade da Bahia.

http://educaterra.terra.com.br/literatura/barroco/barroco_17.htm (Acesso em 19 de maio de 2010.)

Neste soneto, o autor critica os setores político, social e econômico da sociedade. Analise o poema e DETERMINE em que estrofe se localiza cada critica.

QUESTÃO 35 (PISM I - Triênio 2007-2009) (Descritor: Interpretar texto do século XVIII e transportá-lo para a situação política atual.)

Nível de dificuldade: difícil.

Assunto: Cartas Chilenas, Tomás Antônio Gonzaga.

Leia o texto a seguir, selecionado das Cartas Chilenas.

“Chegou à nossa Chile a doce nova

de que real infante recebera

bem digna do leito, casta esposa.

Reveste-se o paxá de um gênio alegre

E, para bem furtar os seus desejos,

Quer que, a despesas do Senado e do povo,

Arda em grandes festins a terra toda.”

GONZAGA, T. A. Cartas Chilenas. p. 829. Pág. 4

No texto das Cartas Chilenas, há críticas severas e bem atuais à forma de organização política do Brasil, na qual não se estabelecem limites entre o público e o privado. EXPLIQUE como o fragmento da Carta V, citado acima, deixa clara essa crítica.

QUESTÃO 36 (Descritor: Interpretar os poemas e perceber a qual vertente temática cada um deles pertence dentro da obra do autor.)

Nível de dificuldade: média.

Assunto: Bocage: sonetos e temas.

Manuel Maria Barbosa Du BOCAGE: o maior expoente da poesia árcade portuguesa, é considerado um dos três maiores sonetistas de Portugal, ao Lado de Camões e do poeta realista Antero de Quental.

Em sua obra, trabalhou três vertentes temáticas. Leia os três poemas a seguir.

Texto I

Olha, Marília, as flautas dos pastores

Que bem que soam, como estão cadentes!

Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes

Os Zéfiros brincar por entre as flores?

Vê como ali beijando-se os Amores

Incitam nossos ósculos ardentes!

Ei-las de planta em planta as inocentes,

As vagas borboletas de mil cores!

Naquele arbusto o rouxinol suspira,

Ora nas folhas a abelhinha pára,

Ora nos ares sussurrando gira:

Que alegre campo! Que manhã tão clara!

Mas ah! Tudo o que vês, se eu te não

Mais tristeza que a morte me causara.

http://galaaz67.vilabol.uol.com.br/Hist_Arte.pdf (Acesso em 21 de maio de 2010)

Texto II

Meu ser evaporei na lida insana
Do tropel de paixões, que me arrastava;
Ah! cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
Em mim quase imortal a essência humana.
De que inúmeros sóis a mente ufana
Existência falaz me não dourava!
Mas eis sucumbe a Natureza escrava
Ao mal, que a vida em sua orgia dana.
Prazeres, sócios meus, e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta em si não coube,
No abismo vos sumiu dos desenganos.
Deus, oh Deus!... Quando a morte à luz me roube,
Ganhe um momento o que perderam anos,
Saiba morrer o que viver não soube.

Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=339#ixzz0ocBBBBVQ (Acesso em 21 de maio de 2010)

Texto III

Magro, de olhos azuis, carão moreno,

Bem servido de pés, meão na altura,

Triste de facha, o mesmo de figura,

Nariz alto no meio, e não pequeno;

Incapaz de assistir num só terreno,

Mais propenso ao furor do que à ternura;

Bebendo em níveas mãos, por taça escura,

De zelos infernais letal veneno;

Devoto incensador de mil deidades

(Digo, de moças mil) num só momento,

E somente no altar amando os frades,

Eis Bocage em quem luz algum talento;

Saíram dele mesmo estas verdades,

Num dia em que se achou mais pachorrento

http://cre.escacilhastejo.org/exposicoes_realizadas/bocage/poemas.pdf (Acesso em 21 de maio de 2010.)

Qual é a vertente poética do autor a que pertence cada um dos poemas? COMPROVE sua resposta com trechos dos textos.


QUESTÃO 37 (Descritor: Interpretar os textos e perceber o aspecto solicitado em cada um deles.)

Nível de dificuldade: médio.

Assunto: Marília de Dirceu – partes I e II, Tomás Antônio Gonzaga.

A considerada pela crítica obra maior do poeta árcade Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) são As Liras de Marília de Dirceu, ou, simplesmente, Marília de Dirceu. É uma obra composta por duas partes. Leia alguns fragmentos.

PARTE I

Lira I

Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d' expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Eu vi o meu semblante numa fonte,
Dos anos inda não está cortado:
Os pastores, que habitam este monte,
Com tal destreza toco a sanfoninha,
Que inveja até me tem o próprio Alceste:
Ao som dela concerto a voz celeste;
Nem canto letra, que não seja minha,
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

Mas tendo tantos dotes da ventura,
Só apreço lhes dou, gentil Pastora,
Depois que teu afeto me segura,
Que queres do que tenho ser senhora.
É bom, minha Marília, é bom ser dono
De um rebanho, que cubra monte, e prado;
Porém, gentil Pastora, o teu agrado
Vale mais q'um rebanho, e mais q'um trono.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

PARTE II

“Eu, Marília, não fui nenhum Vaqueiro,

Fui honrado Pastor da tua aldeia;

Vestia finas lãs, e tinha sempre

A minha choça do preciso cheia.

Tiraram-me o casal, e o manso gado,

Nem tenho, a que me encoste, um só cajado.

Para ter que te dar, é que eu queria

De mor rebanho ainda ser o dono;

Prezava o teu semblante, os teus cabelos

Ainda muito mais que um grande Trono.

Agora que te oferte já não vejo

Além de um puro amor, de um são desejo.

Se o rio levantado me causava,

Levando a sementeira, prejuízo,

Eu alegre ficava apenas via

Na tua breve boca um ar de riso.

Tudo agora perdi; nem tenho o gosto

De ver-te aos menos compassivo o rosto.

Ah! minha Bela, se a Fortuna volta,

Se o bem, que já perdi, alcanço, e provo;

Por essas brancas mãos, por essas faces

Te juro renascer um homem novo;

Romper a nuvem, que os meus olhos cerra,

Amar no Céu a Jove, e a ti na terra.”

http://www.jayrus.art.br/Apostilas/LiteraturaBrasileira/ArcadisPreromant/Tomas_Antonio_Gonzaga.htm

(Acesso em 22 de maio de 2010.)

O sentimento de cada uma das partes é bastante diferente. REDIJA um parágrafo demonstrando esses sentimentos. JUSTIFIQUE sua resposta com trechos dos textos.

QUESTÃO 38 (Descritor: Comparar textos de épocas diferentes, com aspectos formais)

Nível de dificuldade: média.

Assunto: Arcadismo épico.

O Arcadismo recebe o nome de Neoclassicismo por ter bebido nas fontes da Antiguidade Clássica e no próprio Classicismo para produzir seus textos.

Sendo assim, o maior modelo para nossos autores épicos brasileiros foi a epopeia Os Lusíadas, do poeta português Luís Vaz de Camões. Pensando no poema lusitano, leia os fragmentos a seguir.

TEXTO I – Canto IV, de O Uraguai, escrito por Basílio da Gama.

“Cansada de viver, tinha escolhido

Para morrer a mísera Lindóia.

Lá reclinada, como que dormia,

Na branda relva e nas mimosas flores,

Tinha a face na mão, e a mão no tronco

De um fúnebre cipreste, que espalhava

Melancólica sombra. Mais de perto

Descobrem que se enrola no seu corpo

Verde serpente, e lhe passeia, e cinge

Pescoço e braços, e lhe lambe o seio.

Fogem de a ver assim, sobressaltados,

E param cheios de temor ao longe;

E nem se atrevem a chamá-la, e temem

Que desperte assustada, e irrite o monstro,

E fuja, e apresse no fugir a morte.

Porém o destro Caitutu, que treme

Do perigo da irmã, sem mais demora

Dobrou as pontas do arco, e quis três vezes

Soltar o tiro, e vacilou três vezes

Entre a ira e o temor. Enfim sacode

O arco e faz voar a aguda seta,

Que toca o peito de Lindóia, e fere

A serpente na testa, e a boca e os dentes

Deixou cravados no vizinho tronco.”

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000094.pdf (Acesso em 22 de maio de 2010.)

TEXTO II – Canto IV, de Caramuru, escrito pelo Frei Santa Rita Durão.

“Tão dura ingratidão menos sentira,

E esse fado cruel doce me fora,

Se a meu despeito triunfar não vira

Essa indigna, essa infame, essa traidora:

Por serva, por escrava te seguira,

Se não temera de chamar Senhora

A vil Paraguaçu, que sem que o creia,

Sobre ser-me inferior, é néscia, e feia.

XLI

Enfim, tens coração de ver-me aflita,

Flutuar moribunda entre estas ondas;

Nem o passado amor teu peito incita

A um ai somente, com que aos meus respondas:

Bárbaro, se esta fé teu peito irrita,

(Disse, vendo-o fugir) ah não te escondas;

Dispara sobre mim teu cruel raio...

E indo a dizer o mais, cai num desmaio.

XLII

Perde o lume dos olhos, pasma, e treme,

Pálida a cor, o aspecto moribundo,

Com mão já sem vigor, soltando o leme,

Entre as falsas escumas desce ao fundo:

Mas na onda do mar, que irado freme,

Tornando a aparecer desde o profundo;

Ah Diogo cruel! disse com mágoa,

E sem mais vista ser, sorveu-se n’água.”

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000099.pdf (Acesso em 22 de maio de 2010.)

Os mais importantes poemas épicos produzidos no Brasil árcade foram O Uraguai, de Basílio da Gama (1741-1795) e Caramuru, de Frei Santa Rita Durão (1722-1784), de cujos fragmentos você leu.

Com relação à forma, você deve ter percebido que são bastante diferentes.

Pensando no aspecto formal, CLASSIFIQUE os fragmentos observando se estes seguem ou não o modelo camoniano.

QUESTÃO 39 (Descritor: Inferir a ideologia presente no texto literário lido.)

Nível de dificuldade: fácil.

Assunto: Caramuru, de Frei Santa Rita Durão.

Frei Santa Rita Durão (1722-1784) escreveu um dos principais poemas épicos brasileiros, Caramuru. O texto tem como tema central a vinda de Diogo Álvares Correia para o Brasil. Um dos episódios trata do casamento do português, que escolhe a Índia Paraguaçu como esposa. Leia.

“LXXVIII

Paraguaçu gentil (tal nome teve)

Bem diversa de Gente tão nojosa;

De cor tão alva, como a branca neve;

E donde não é neve, era de rosa:

O nariz natural, boca mui breve,

Olhos de bela luz, testa espaçosa:

De algodão tudo o mais, com manto espesso,

(...)

LXXXIX

E esta fé (lhe diz) Esposa em Deus querida,

Guardar-te hoje prometo em laço eterno,

Até banhar-te n’água prometida,

Por cândida afeição de amor fraterno:

Amor, que sobreviva à própria vida;

Amor, que preso em laço sempiterno,

Arda depois da morte em maior chama;

Que assim trata de amor, quem por Deus ama.

XC

Esposo (a bela diz) teu nome ignoro;

Mas não teu coração, que no meu peito

Desde o momento, em que te vi, que o adoro:

Não sei se era amor já, se era respeito:

Mas sei do que então vi, do que hoje exploro,

Que de dois corações um só foi feito.

Quero o Batismo teu, quero a tua Igreja,

Meu Povo seja o teu, teu Deus meu seja.”

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000099.pdf (Acesso em 22 de maio de 2010.)

Tanto na caracterização de Paraguaçu tanto no que se diz na segunda e na terceira estrofes do recorte, fica explícita certa ideologia que não condiz com os princípios iluministas predominantes no momento. Que ideologia é esta? Justifique sua resposta com fragmentos do texto.


QUESTÃO 40 (Descritor: Perceber na imagem – escultura – características do estilo artístico estudado.)

Nível de dificuldade: fácil.

Assunto: Esculturas de Aleijadinho – Barroco anacrônico.

 

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Antônio Francisco Lisboa (1730-1814), o Aleijadinho, foi o maior escultor barroco brasileiro. DESTAQUE pelo menos duas características do Barroco presentes nas imagens acima.

GABARITO DAS QUESTÕES DISCURSIVAS

QUESTÃO 25

O Classicismo recupera da Antiguidade o conceito de mimese, imitação. Assim sendo, se considerássemos “Monte Castelo” nesse olhar, os fragmentos utilizados são similares aos originais; portanto, ocorre mimese. Com relação a plágio (roubo intelectual), esta era uma ideia que não existia no período clássico, exatamente pela retomada da mimese. Na modernidade, por sua vez, o que a canção nos mostra é um jogo intertextual entre o poema camoniano e o fragmento bíblico, literalmente tecido (transformado em texto) pelo compositor. Sendo assim, não há plágio.

QUESTÃO 26

Espera-se que o aluno perceba que Camões anteviu as distorções presentes no cotidiano, ao que ele chamou de “desconcerto do mundo”, e que as pessoas atualmente chamam de “Lei de Murphy”. Tanto o texto I quanto as máximas do texto II são exemplos dessas mesmas situações.

QUESTÃO 27

Espera-se que um poema épico, por sua própria definição (contar a história de um povo e construir um herói), apresente sempre aspectos positivos em relação ao povo retratado. No caso do episódio do Velho do Restelo, este critica a ambição desmedida dos navegantes portugueses, rechaça o próprio ato da viagem, ou seja, nega aquilo de mais importante que move esta epopeia. É uma fala estranha por ser dissonante em relação ao texto como um todo, o que é enfatizado em relação ao momento em que esta se dá, que é no porto, no início da viagem.

QUESTÃO 28

Ambos os textos refletem sobre as perdas e dificuldades enfrentadas perante as conquistas ambicionadas. O texto de Fernando Pessoa, porém, termina de forma otimista com a bela imagem do mar espelho do céu, além de afirmar que tudo vale a pena para grandes homens.

QUESTÃO 29

Espera-se que o aluno perceba que a canção “Índios” apresenta o choque de culturas característico do descobrimento, com um eu lírico arrependido de ter se entregado ao branco, pesaroso por ter se mostrado inocente perante a sedução do europeu. É possível inferir, inclusive, uma crucificação do indígena, a ideia do sacrifício, o martírio pelo qual o índio efetivamente passou (e, por vezes, ainda passa) ao longo de todo o processo colonial.

QUESTÃO 30

O conceptismo de Vieira é claro no texto. Tal técnica, que consistia em jogos de raciocínios, pode ser percebida quando o padre procura convencer o ouvinte da fineza do amor de Cristo em comparação a outras formas de amor, e o faz exemplificando o amor do Senhor por Judas, aquele que o traiu. O raciocínio é espiralado, mas objetivo.

Em Gregório, o cultismo se faz na construção de imagens que as antíteses presentes no texto apresentam ao leitor (a rosa derrete a neve ou a neve desfolha a rosa / o vermelho e o branco / o rubi e a prata). Talvez, numa leitura mais erotizada, o próprio pudor e a sedução.

QUESTÃO 31

Na primeira estrofe, há um jogo de palavras entre todo e parte, bem característico do cultismo. Visualizamos algo que se faz e desfaz, como um quebra-cabeças. A partir da segunda estrofe, porém, o eu lírico começa a discutir o problema (conceptismo) do conceito do sagrado, mostrando que se Deus está em todas as partes (Deus “todo”), ele também está na parte quebrada da imagem de Jesus (o braço da imagem é representação deste todo) e deve ser respeitado.

QUESTÃO 32

A metalinguagem consiste num uso que se faz da linguagem para explicar a si mesma, seu emprego, seus recursos. O Sermão da Sexagésima é metalinguístico por se tratar de uma pregação que versa sobre a arte de pregar. Vieira está questionando, de forma conceptista, por que o trabalho dos jesuítas tem resultado, na época, em poucas conversões.

QUESTÃO 33

Para as mulheres brancas, Gregório de Matos escrevia sonetos (considerados uma forma maior de texto), com linguagem elevada e elogios. Era sua lírica-amorosa. Para as negras e as mulatas, ele usava o popular redondilha maior, medieval, muitas vezes sendo grosseiro, com termos chulos. Trata-se de sua poesia erótica.

QUESTÃO 34

A primeira estrofe traz uma crítica política (“A cada canto um grande conselheiro”). A segunda, uma social (“Em cada porta um frequente olheiro”). Já a terceira repete a questão social (ou até econômica, pensando o valor de propriedade do escravo: “Muitos mulatos desavergonhados”). Por fim, a quarta estrofe explora o aspecto econômico (“Estupendas usuras nos mercados”).

QUESTÃO 35

Para a questão proposta, espera-se do aluno abordar os seguintes pontos:

a) contextualizar o fragmento, a saber, a notícia de casamento do infante português e a decisão do governador de Vila Rica de, desacatando a ordem do rei, comemorar o evento com grande pompa, utilizando, para tal, verbas públicas;

b) relacionar esse episódio com a atual situação política do país, evidenciando a existência de uma cultura política marcada pela corrupção (desvio de verbas públicas para fins privados).

Obs.: A resposta deveria levar em conta o tom crítico da obra e, sobretudo, fundamentar-se em elementos do trecho selecionado.

QUESTÃO 36

O primeiro poema pertence à vertente árcade do autor, o que pode ser provado pelo cenário bucólico e pastoril no qual o texto se constrói, além da mitologia. O segundo é pré-romântico, no qual Bocage antecipa a morbidez da segunda geração do Romantismo brasileiro, com a evasão pela morte. O terceiro, por fim, é satírico, texto no qual o autor traça um autorretrato bem humorado de si mesmo.

QUESTÃO 37

Na primeira parte das Liras, Tomás Antônio Gonzaga estava livre, a Inconfidência ainda não acontecera. Assim sendo, tudo eram alegrias, o texto é explicitamente árcade, transbordante de bucolismo (“É bom, minha Marília, é bom ser dono / De um rebanho, que cubra monte, e prado; / Porém, gentil Pastora, o teu agrado / Vale mais q'um rebanho, e mais q'um trono.”).

Na segunda parte, porém, o autor já havia sido preso e estava à espera de sua sentença. A tristeza, portanto, era enorme. Sendo assim, o eu lírico ressalta suas perdas e seu afastamento de Marília (“Tudo agora perdi; nem tenho o gosto / De ver-te ao menos compassivo o rosto.”).

QUESTÃO 38

Enquanto Santa Rita Durão segue o modelo camoniano (10 cantos, decassílabos heroicos, estrofes em oitava rima), Basílio da Gama inova, trabalhando com 5 cantos, estrofação livre e versos decassílabos brancos.

QUESTÃO 39

A ideologia aí predominante é a ideologia cristã. O amor declarado entre as personagens é um amor divino, fala-se em Batismo, há um recato em Paraguaçu que, além de estar toda coberta, segue o padrão de beleza europeu (sua pele é branca). Por fim, vale lembrar que o autor da obra, Frei Santa Rita Durão, pertencia à Igreja, o que também justifica tais ideais.

QUESTÃO 40

O detalhamento é a grande marca de Aleijadinho: os cabelos das figuras, as dobras dos tecidos, o olhar intenso de Cristo e do anjo, a delicadeza dos dedos do anjo, os dedos, todos esses elementos são exemplos importantes das minúcias do artista. Além disso, há uma tensão emocional nas imagens, algo como dor e êxtase, que representam o fusionismo barroco.