O que fazer para fugir dos clichês?


Attractive young female using a laptopAí está uma pergunta muito importante. O que fazer para fugir ao que, no seu texto, pode ser considerado - pelo corretor - como lugar comum?

Em primeiro lugar, é preciso saber distinguir entre o que acrescenta algo à narrativa e o que, certamente, a banalizará. Para que isso ocorra, é preciso alimentar o gosto estético, ler bastante - jornais, revistas, romances, contos, crónicas. Sem ler, como é que se encontra competência para saber o que é bom ou ruim?

Aliás, você sabe que é impossível escrever bem sem antes ter sido um bom "leitor, não sabe?
A palavra tem um poder especial, encantatório, humano.

Com ela, podemos tudo, criar e recriar. E no dia que aprendermos que escrever é o que definitivamente nos distingue dos demais animais ditos irracionais, começaremos a acreditar que somos verdadeiramente homens, parte imprescindível da espécie humana habitante do planeta Terra, criativos e criadores, distantes do banal.

É mais fácil encontrar os tais estereótipos em letras de música. Veja aqui um exemplo de uma canção interpretada por Raul Seixas:

Texto 2 - Medo da Chuva

É pena que você pense que eu sou seu escravo
Dizendo que sou seu marido e não posso partir
Como as pedras imóveis na praia eu fico ao teu lado
Sem saber dos amores que a vida me trouxe
E eu não pude viver.
Eu perdi o meu medo, o meu medo, o meu medo
Da chuva, pois a chuva voltando pra terra traz coisas do ar
Aprendi o segredo, o segredo, o segredo, da vida
Vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar.
Eu não posso entender tanta gente aceitando a mentira
De que os sonhos desfazem aquilo que o padre falou
Porque quando eu jurei meu amor eu traía mim mesmo
Hoje eu sei que ninguém neste mundo é feliz tendo amado
Uma vez, uma vez...

(Paulo Coelho/Raul Seixas)

Viu só que coisa?

Estereótipos saltando por todos os lados... por isso a sensação de que o que foi dito é banal em excesso e, por consequência, nada acrescenta. Ao contrário: tira do conteúdo, desvirtua, torna frágil e piegas demais. Qualquer um poderia ter escrito o texto.

Mas, não se engane. Se no texto narrativo escrito o estereótipo é um grande mal, observe que, muitas vezes, numa tirinha de HQ ele é adequado porque sugere banalidade e, por isso mesmo, faz rir quando a reconhecemos.

O terceiro quadrinho indica perfeitamente isso. Nele, o cartunista Laerte mostra que o óbvio foi usado com um objetivo claro. Mas não deixa de ser lugar-comum: "doce ternura e o calor de minha mãe".

como-fugir-dos-cliches

Mas, o que fazer para fugir?

Aí está uma pergunta muito importante. O que fazer para fugir ao que, no seu texto, pode ser considerado -pelo corretor - como lugar comum?

Em primeiro lugar, é preciso saber distinguir entre o que acrescenta algo à narrativa e o que, certamente, a banalizará. Para que isso ocorra, é preciso alimentar o gosto estético, ler bastante - jornais, revistas, romances, contos, crónicas. Sem ler, como é que se encontra competência para saber o que é bom ou ruim?

Aliás, você sabe que é impossível escrever bem sem antes ter sido um bom "leitor, não sabe?

A palavra tem um poder especial, encantatório, humano.

Com ela, podemos tudo, criar e recriar. E no dia que aprendermos que escrever é o que definitivamente nos distingue dos demais animais ditos irracionais, começaremos a acreditar que somos verdadeiramente homens, parte imprescindível da espécie humana habitante do planeta Terra, criativos e criadores, distantes do banal.

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