Há várias figuras de sintaxe que consistem na repetição de termos e que são pouco abordadas em sala de aula. Na verdade, nas minhas aulas preparatórias para vestibular, falo muito sobre anáfora nas aulas de coesão textual. As outras, lembro-me vagamente e quase nunca falo delas. Veja aí as “menos faladas” nas minhas aulas:
a) Anáfora: repetição de uma palavra ou expressão no início da frase, membro da frase ou verso.
Ex.: “Vi uma estrela tão alta!
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo...” (Manuel Bandeira)
b) Epístrofe: repetição no final.
Ex.: “Chegou a hora da névoa. No peito e nos olhos, névoa. Quero guardar-me da névoa. Porém é inútil: há névoa.” (Henriqueta Lisboa)
c) Símploce: repetição no início e no fim
Ex.: Tudo ali precisa de explicação. Tudo ali merece uma boa explicação
d) Pleonasmo: repetição de uma ideia ou de um termo da oração (objeto direto, objeto indireto ou predicativo do sujeito)
Ex.: Vi tudo com meus próprios olhos, (repetição da ideia)
Esse livro, já o li há muito, (o —> objeto direto pleonástico)
e) Quiasmo: repetição e inversão simultâneas de termos; há uma espécie de cruzamento.
Ex.: “No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho.” (C. D. de Andrade)
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